A comerciante Vanessa Dias, 42 anos, comprou, no início desse ano, um apartamento de três quartos no bairro do Imbuí. Em cada cômodo do imóvel tinha um piso de diferente cor e situação de conservação. Precisou arrancar todo revestimento e substituir, mas na hora de escolher o que usar veio a dúvida: que tipo de piso colocar? “Quando fui numa loja de piso achei que era tudo igual. Mas descobri que tem piso de todo tipo, tamanho e qualidade”, conta.
Vanessa resolveu contratar o decorador Murilo Santana para auxiliar na sua escolha. “O piso de cada espaço do imóvel possui características diferentes que vão desde a aderência até as distintas cores disponíveis”, ressalta Santana, que abusou das cores para os pisos da casa da comerciante. Na sala, escolheu o branco, na cozinha tons de amarelo e nos quartos azul e até mesmo rosa para o quarto da filha de Vanessa.
E a dúvida não é só para quem compra imóveis usados como foi o caso de Vanessa. Hoje, é uma tendência do mercado imobiliário entregar as unidades residenciais com pisos nas áreas de circulação, living e áreas molhadas (banheiros, varandas, cozinha e área de serviço). Mas, nos outros espaços do imóvel geralmente não tem a colocação do revestimento.
A supervisora de vendas do home center Ferreira Costa, Valéria Moraes, indica que na hora da escolha o ideal é que tenha o tripé: preço, beleza e qualidade. “Hoje existem muitas opções de revestimentos e preço nem sempre é determinante para qualidade. O ideal é o consumidor escolher pisos certificados, com garantia e de acordo com o ambiente, conferindo sempre a resistência a impacto, umidade e abrasão, principalmente”, explica.
Como imóveis novos estão cada vez mais compactos, uma opção para dar mais amplitude é escolher o mesmo tipo de piso para todos os cômodos, principalmente em cores claras. “Uma das soluções para economizar na aplicação principalmente é o uso de um tipo de piso e um tipo de argamassa e rejunte. Para apartamentos pequenos, é uma boa solução o uso de apenas um tipo de piso em todos os cômodos. Aconselho pisos retificados, que permitam rejuntamento seco e de cores claras, pois outros objetos de decoração como tapetes podem ser destacados e personalizar o ambiente”, ensina Valéria.
Ela destaca que os pisos em cores claras são os mais escolhidos. Mas, hoje, há uma variedade de texturas, brilhos e designs diferenciados. Uma delas é a impressão HD (HightDefinition) que permite que os pisos pareçam ladrilho hidráulico, madeira, pedra e até mesmo tecido.
“Uma das vantagens dos pisos HD é a economia de manutenção. A madeira, por exemplo, exige tratamento anual, com o tempo estraga, precisa trocar. Dependendo da região, cidade e costumes, existe certa tendência para determinadas linhas de pisos e revestimentos. Hoje em dia, a venda de porcelanato tem crescido muito, principalmente os polidos e em tons claros. Os pisos com grandes formatos que possibilitam a junta mínima/junta seca que dá a impressão de amplitude também têm sido muito procurado”, ressalta Valéria, que recomenda uma compra de 5% a 10% maior do que a quantidade esperada para eventuais substituições futuras do piso.
Escolha
Rodrigo Dratovsky, arquiteto e diretor-geral da Via Célere, lembra que existem pisos que exigem maior manutenção, como a madeira natural. “Se possível, é sempre bom solicitar ajuda para alguém que conheça as características técnicas para especificar o piso mais indicado para o ambiente que será assentado”.
Comprar o mesmo piso para todo o apartamento realmente pode ser vantajoso na hora de negociar um desconto com a loja por conta do volume negociado. “Porém, é recomendado comprar pisos específicos para cada cômodo, pois há características técnicas nos diversos tipos de pisos específicas para cada ambiente. Nas “áreas molhadas”, como cozinha e varandas, por exemplo, devem ser assentados pisos antiderrapantes”, alerta o arquiteto.
Da Redação, original Correio 24 Horas
AUTOR/FONTE:http://www.obra24horas.com.br/materias/decoracao-de-interiores/escolha-do-piso-correto-e-fundamental-para-a-decoracao-da-casa